quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A QUÍMICA DO AMOR


A ciência já tem um bom conhecimento dos mecanismos do amor.
Cientistas descobriram que o mesmo processo químico que ocorre nos viciados, ocorre quando nos apaixonamos por alguém. O amor é um fenômeno neurobiológico complexo, baseado em atividades cerebrais de confiança, crença, prazer e recompensa, atividades essas
que envolvem um número elevado de mensageiros químicos.

Sempre há uma explicação científica para tudo e para o amor não seria diferente.
O amor é um estado mental químico que faz parte de nossos genes e é influenciado pela nossa criação. As substâncias químicas que percorrem nosso cérebro quando estamos apaixonados têm várias finalidades, mas seu objetivo primordial é a continuação de nossa espécie.

Foi a antropóloga Helen Fisher, famosa pelos seus estudos sobre a bioquímica do amor,
que propôs a existência de 3 fases no amor, cada uma delas com as suas características emocionais e os seus compostos químicos próprios:

A primeira fase é chamada ‘fase do desejo’ e é desencadeada pelas nossos hormônios sexuais, a testosterona nos homens e o estrogênio nas mulheres. É a circulação destes hormônios no nosso sangue – que se inicia na fase da adolescência – que torna o nosso cérebro interessado em parceiros sexuais, digamos assim.

A segunda fase é a ‘fase da atração’, enamoramento ou paixão: é quando nos apaixonamos, ou seja, é a altura em que perdemos o apetite, não dormimos, não conseguimos concentrar-nos em nada que não seja o objeto da nossa paixão. É uma fase em que podem acontecer coisas surpreendentes, que por vezes dão origem a situações divertidas (para os outros) e embaraçosas (para o próprio): as mãos suam, a respiração falha, é difícil pensar com clareza, há ‘borboletas
no estômago’... enfim... e isto tem a ver com outro conjunto de compostos químicos que afetam o nosso cérebro: a norepinefrina que nos excita (e acelera o bater do coração), a serotonina que
nos descontrola, e a dopamina, que nos faz sentir felizes. Curioso é verificar que todos estes compostos químicos – designados por neurotransmissores, já que participam nas transmissões do sistema nervoso e no cérebro – são controlados por um outro, chamado feniletilamina que está presente no chocolate. Estará aqui a razão para o chocolate ser uma prenda tão
apreciada para os namorados, ou para ser tantas vezes a compensação para um amor não correspondido?

A terceira fase é a ‘fase de ligação’ – passamos à fase do amor sóbrio, que ultrapassa a fase da atração / paixão e fornece os laços para que os parceiros permaneçam juntos. Há dois hormônios importantes nesta fase: a oxitocina e a vasopressina. A oxitocina é também chamada o hormônio do “carinho” ou do “abraço”. Este hormônio é libertado por ambos os
sexos durante o orgasmo. O que parece indicar que quanto mais sexo um casal praticar, maior é a ligação química entre eles... H. Fisher sugere mesmo que a melhor forma de uma mulher se re--apaixonar pelo seu companheiro – na fase em que a relação já esfriou – é ter sexo (e, sobretudo, orgasmos) com ele.

Após ler este texto, começamos a nos questionar: Existe amor ou será só instinto ?
Uma verdadeira montanha-russa de substâncias e efeitos, não!?
É por essas e outras que pessoas apaixonadas não são normais... E parecem que não pensam, porque simplesmente não pensam!

Nenhum comentário:

Postar um comentário